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A História do Brasil Colônia


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Brasil Colônia

O trabalho escravo na História do Brasil

Os castigos corporais são comuns, permitidos por lei e com a permissão da Igreja. As Ordenações Filipinas sancionam a morte e mutilação dos negros como também o açoite. Segundo um regimento de 1633 o castigo é realizado por etapas: depois de bem açoitado, o senhor mandará picar o escravo com navalha ou faca que corte bem e dar-lhe com sal, sumo de limão e urina e o meterá alguns dias na corrente, e sendo fêmea, será açoitada à guisa de baioneta dentro de casa com o mesmo açoite.

Outros castigos também são utilizados: retalhamento dos fundilhos com faca e cauterização das fendas com cera quente; chicote em tripas de couro duro; a palmatória, uma argola de madeira parecida com uma mão para golpear as mãos dos escravos; o pelourinho, onde se dá o açoite: o escravo fica com as mãos presas ao alto e recebe lombadas de acordo com a infração cometida

História do Brasil / pg. 34
Luiz Koshiba e Denise Manzi F. Pereira
Ed. Atual

Por que a economia colonial e imperial baseou-se no trabalho escravo?

O latifúndio monocultor no Brasil exigia uma mão-de-obra permanente.
Era inviável a utilização de portugueses assalariados, já que a intenção não era vir para trabalhar, e sim para se enriquecer no Brasil.

O sistema capitalista nascente não tinha como pagar salários para milhares de trabalhadores, além do que, a população portuguesa que não chegava aos 3 milhões, era considerada reduzida para oferecer assalariados em grande quantidade.

Quem foi utilizado como escravo nos períodos colonial e imperial?

Embora o índio tenha sido um elemento importante para formação da colônia, o negro logo o suplantou, sendo sua mão-de-obra considerada a principal base, sobre a qual se desenvolveu a sociedade colonial brasileira.

Na fase inicial da lavoura canavieira ainda predominava o trabalho escravo indígena . Parece-nos então que argumentos tão amplamente utilizados, como inaptidão do índio brasileiro ao trabalho agrícola e sua indolência caem por terra.

A História verdadeira mostra que a reação do nativo foi tão marcante, que tornou-se uma ameaça perigosa para certas capitanias como Espírito Santo e Maranhão. Além da luta armada, os indígenas reagiram de outras maneiras, ocorrendo fugas, alcoolismo e homicídios como forma de reação à violência estabelecida pelo escravismo colonial. Todas essas formas de reação dificultavam a organização da economia colonial, podendo assim, comprometer os interesses mercantilistas da metrópole, voltados para acumulação de capital. Destaca-se também, a posição dos jesuítas, que voltados para catequese do índio, opunham-se à sua escravidão.

Apesar de todos esses obstáculos, o indígena é amplamente escravizado, permanecendo como mão-de-obra básica na economia extrativista do Norte do Brasil, mesmo após o término do período colonial.

Por que então que o índio cede lugar para o negro como escravo no Brasil?

A maior utilização do negro como mão-de-obra escrava básica na economia colonial, deve-se principalmente ao tráfico negreiro , atividade altamente rentável, tornando-se uma das principais fontes de acumulação de capitais para metrópole.

Exatamente o contrário ocorria com a escravidão indígena, já que os lucros com o comércio dos nativos não chegava até a metrópole.

Torna-se claro assim, o ponto de vista defendido pelo historiador Fernando Novais, de que "o tráfico explica a escravidão", e não o contrário.

Para os portugueses, o tráfico negreiro não era novidade, pois desde meados do século XV , o comércio de escravos era regular em Portugal, sendo que durante o reinado de D. João II o tráfico negreiro foi institucionalizado com a ação direta do Estado português, que cobrava taxas e limitava a participação de particulares.

Quanto à procedência étnica do negro, destacaram-se dois grupos importantes: os bantos , capturados na África equatorial e tropical provenientes do Congo, Guiné e Angola, e os sudaneses , vindos da África ocidental, Sudão e norte da Guiné.

Interessante observarmos que entre os elementos deste segundo grupo, destacavam-se muitos negros islamizados , responsáveis posteriormente por uma rebelião de escravos ocorrida na Bahia em 1835, conhecida como a Revolta dos Malês .

A resistência do negro: os quilombos.

Desde fugas isoladas, passando pelo suicídio, pelo banzo (nostalgia que fazia o negro cair em profunda depressão o levando à morte) e pelos quilombos, várias foram as formas de resistência do negro à escravidão, sendo a formação dos quilombos a mais conseqüente.

Os quilombos eram aldeamentos de negros que fugiam dos latifúndios, passando a viver comunitariamente. O maior e mais duradouro foi o quilombo dos Palmares, surgido em 1630 em Alagoas, estendendo-se numa área de 27 mil quilômetros quadrados até Pernambuco. Desenvolveu-se através do artesanato e do cultivo do milho, feijão, mandioca, banana e cana-de-açúcar, além do comércio com aldeias vizinhas.

Seu primeiro líder foi Ganga Zumba, substituído depois de morto por seu sobrinho Zumbi, que tornou-se a principal liderança da história de Palmares. Zumbi foi covardemente assassinado em 1695 pelo bandeirante Domingos Jorge Velho, contratado por latifundiários da região.

Apesar dos muitos negros mortos em Palmaras, a quantidade de escravos crescia muito e em 1681 atingia a cifra de 1 milhão de negros trazidos somente de Angola.

O grande número de negros utilizado como escravos, deixa clara a alta lucratividade do tráfico negreiro, responsável inicialmente pelo abastecimento da lavoura canavieira em expansão nos séculos XVI e XVII e posteriormente nas áreas de mineração e da lavoura cafeeira nos séculos XVIII e XIX respectivamente.

 



 

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Os Tupiniquins

Ao longo dos dez dias que passou no Brasil, a armada de Cabral tomou contato com cerca de 500 nativos.

Eram, se saberia depois, tupiniquins – uma das tribos do grupo tupi-guarani que, no início do século 16, ocupava quase todo o litoral do Brasil. Os tupis-guaranis tinham chegado à região numa série de migrações de fundo religioso (em busca da “Terra sem Males”, no começo da Era Cristã. Os tupiniquins viriam no sul da Bahia e nas cercanias de Santos e Bertioga, em São Paulo. Eram uns 85 mil. Por volta de 1530, uniram-se aos portugueses na guerra contra os tupinambás-tamoios, aliados dos franceses. Foi uma aliança inútil: em 1570 já estavam praticamente extintos, massacrados par Mem de Sá, terceiro governador-geral do Brasil.

Primeiras Expedições

O Brasil, ao contrario do Oriente, não possuía, em princípio, nenhum atrativo do ponto de vista comercial. Ao longo do período pré­-colonial foram, entretanto, enviadas várias expedições a nosso pais.

Primeiras expedições – Entre 1501 e 1502, Portugal enviou a primeira expedição com a finalidade de explorar e reconhecer o litoral brasileiro. Essa expedição, da qual se desconhece o nome do comandante, foi responsável pelo batismo de inúmeros lugares: cabo de S. Tomé, cabo Frio, São Vicente, etc. Com certeza, nessa expedição viajou o florentino Américo Vespúcio, que, posteriormente, em carta ao governante de Florença, Lourenço de Médici, irá declarar que não encontrou aqui nada de aproveitável. Apesar disso, constata a existência do pau-brasil, madeira tintorial conhecida dos europeus desde a Idade Média, que até então era importada do Oriente.

O pau-brasil – As primeiras atividades econômicas concentraram-se, pois, na extração ­daquela madeira, segundo o regime de estanco, isto é, sua exploração estava sob regime de monopólio régio. Como era costume, o rei co­locou em concorrência o contrato de sua exploração, que foi arrematada por um consórcio de mercadores de Lisboa chefiado pelo cristão novo Fernão de Noronha, em 1502.

No ano seguinte (1503) Fernão de Noronha montou uma expedição pata a extração do pau-brasil e fez o primeiro carregamento do produto.

No Brasil, foram estabelecidas então as feitorias, que eram lugares fortificados e funcionavam, ao mesmo tempo, como depósito de madeira. O pau-brasil era explorado através do escambo, no qual os indígenas forneciam a mão-de-obra para corte e transporte da madeira em troca de objetos de pouco valor para os portugueses.

Bibliografia:

História do Brasil - Luiz Koshiba - Editora Atual

História do Brasil - Bóris Fausto - EDUSP

Continuação: O Brasil nos Quadros do Sistema Colonial Mercantilista

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Fontes:Telemar

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